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Você me pergunta o que tanto vejo em botequins de quinta categoria, porque desperdiço meu tempo entre bêbados e pedintes, punguistas e prostitutas... Poderia lhe dizer que é um dos refúgios onde me escondo das dores da vida ou que o empesteado ar desses lugares me traz calma e paz ou ainda, que busco somente entorpecer minha mente de maneira barata e eficaz. Mas desconfio profundamente que minha atração por estes lugares venha das pinceladas de sabedoria que angario junto com tudo que ali bebo. Explico: uns tempos atrás, estava eu sentado no boteco do Dalara, aquele que lhe contei em outra estória. Pois bem, em minha volta, todos estavam compenetrados em suas telas de silício, percorrendo veredas digitais e as modernas redes que prendem quase toda gente.